Em relação ao momento vivido pela Record, que, contrariando sua linha de investimentos, deixou de lado o sonho de brigar pela liderança e hoje vê o segundo lugar ameaçado pelo SBT, a questão é aquela mesma já abordada neste espaço: a emissora não trabalha sua grade, mas o produto.
E é aí que mora o perigo.
A partir do instante em que a primeira “A Fazenda” passou a registrar bons índices, todas as atenções se voltaram para ela e os demais programas foram deixados de lado.
Um exemplo, as novelas, com edições de sábado canceladas e a ausência de investimentos. Logo elas, a grande esperança de se diminuir a diferença para a Globo.
Com todo esse foco no reality show, a Teledramaturgia passou a andar para trás. Contratações de peso foram canceladas.
Além disso, a decepcionante segunda edição da “Fazenda” em nenhum instante conseguiu “alavancar” outros programas.
Ao contrário.
Hoje, a Record comemora 10 ou 11 pontos com as suas duas novelas. Pouco, principalmente para quem ambicionava o primeiro lugar.
Parece que a sua direção lê a grade como uma sorveteria de esquina. Se um sabor está vendendo muito, aposta-se apenas nele e se esquece o resto.
O problema é quando o sorvete preferido começa a azedar –caso de “A Fazenda” -, e o estrago atinge os demais sabores. Espanta a freguesia.
É o que está acontecendo.
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